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terça-feira, 20 de agosto de 2013

Os Contos de Beedle, o Bardo - Quinto conto: "O Conto Dos Três Irmãos"

Era uma vez três irmãos que caminhavam por uma estrada solitária e sinuosa ao crepúsculo, a certa altura, os irmãos chegaram a um rio demasiado fundo para passar a pé e demasiado perigoso para atravessar a nado. Contudo, esses irmãos eram exímios em artes magicas, por isso limitaram-se a agitar as varinhas e fizeram aparecer uma ponte sobre as aguas traiçoeiras. Iam a meio desta quando encontraram o caminho bloqueado por uma figura encapuzada. E a Morte falou-lhes. Estava zangada por ter sido defraudada em três novas vítimas, pois normalmente os viajantes afogavam-se no rio. Mas a Morte era astuta.
Fingiu felicitar os três irmãos pela sua magia e disse que cada um deles havia ganho um prémio por ter sido suficientemente esperto para a evitar.
E assim, o irmão mais velho, que era um homem combativo, pediu uma varinha mais poderosa que todas as que existissem: uma varinha que vencera a Morte! Portanto a Morte foi até um velho sabugueiro na margem do rio, moldou uma varinha de um ramo tombado e deu-a ao irmão mais velho.
Depois, o segundo irmão, que era um homem arrogante, decidiu que queria humilhar ainda mais a Morte e pediu o poder de trazer outros de volta da Morte. Então a Morte pegou numa pedra da margem do rio e deu-a ao segundo irmão, dizendo-lhe que a pedra teria o poder de fazer regressar os mortos.
E depois a Morte perguntou ao terceiro irmão, o mais jovem, do que gostaria ele. O irmão mais novo era o mais humilde e também o mais sensato dos irmãos, e não confiava na Morte. Por isso, pediu qualquer coisa que lhe permitisse sair daquele local sem ser seguido pela Morte. E esta, muito contrariada, entregou-lhe o seu próprio Manto de Invisibilidade. Depois a Morte afastou-se e permitiu que os três irmãos prosseguissem o seu caminho, e eles assim fizeram, falando com espanto a aventura que tinham vivido, e admirando os presentes da Morte.

A seu tempo, os irmãos separaram-se, seguindo cada um o seu destino.O primeiro irmão continuou a viajar durante uma semana ou mais e, ao chegar a uma vila distante, foi procurar um outro feiticeiro com quem tinha desavenças. Naturalmente, com a Varinha do Sabugueiro como arma, não podia deixar de vencer o duelo que se seguiu. Abandonando o inimigo morto estendido no chão, o irmão mais velho dirigiu-se a uma estalagem onde se gabou, alto e bom som, da poderosa varinha que arrancara à própria Morte, e que o tornava invencível.Nessa mesma noite, outro feiticeiro aproximou-se silenciosamente do irmão mais velho, que se achava estendido na sua cama, encharcando em vinho. O ladrão roubou a varinha e, à cautela, cortou o pescoço ao irmão mais velho.Assim a Morte levou consigo o irmão mais velho.
Entretanto, o segundo irmão viajara para sua casa, onde vivia sozinho. Aí, pegou na pedra que tinha o poder de fazer regressar os mortos, e fê-la girar três vezes na mão. Para seu espanto e satisfação, a figura da rapariga que em tempos esperava desposar, antes da sua morte prematura, apareceu imediatamente diante dele.No entanto, ela estava triste e fria, separada dele como que por um véu. Embora tivesse voltado ao mundo mortal, não pertencia verdadeiramente ali, e sofria. Por fim o segundo irmão louco de saudades não mitigadas, suicidou-se para se juntar verdadeiramente com ela. E assim a Morte levou consigo o segundo irmão.
Mas embora procurasse durante muitos anos o terceiro irmão, a Morte nunca conseguiu encontra-lo. Só ao atingir uma idade provecta é que o irmão mais novo tirou finalmente o manto de invisibilidade e deu ao seu filho. E então acolheu a Morte como uma velha amiga, e foi com ela satisfeito e, como iguais, abandonaram esta vida.


Bom, assim encerramos os cinco contos do livro "Os Contos de Beedle, o Bardo". Espero que tenham gostado. Já deu pra perceber que sou fã de Harry Potter mas quero opiniões e se preciso críticas para melhorar o blog. Até mais!

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Os Contos de Beedle, o Bardo - Quarto Conto: "Babbity, a Coelha e Seu Toco Gargalhante"

Há muito tempo atrás, numa terra distante, um ambicioso e “tolo rei” decide querer manter toda a magia na sua única posse. No entanto, ele tem dois problemas: primeiro, precisa eliminar todos os bruxos e bruxas existentes; segundo, precisa na verdade de aprender magia. Ao mesmo tempo que forma uma “Brigada de Caçadores de Bruxas” possuidora de ferozes cães negros, também ele anuncia a necessidade de um “Instrutor de Magia”. Experientes bruxos e bruxas se escondem em vez de atender à sua chamada, mas um “esperto charlatão”, sem nenhuma habilidade mágica, mente e consegue o “emprego” com uns poucos e simples truques.

Uma vez instalado como bruxo chefe e instrutor particular do Rei, o charlatão demanda ouro para suprimentos mágicos, rubis para criar feitiços e copos de prata para poções. O charlatão guarda esses itens em sua casa antes de retornar ao palácio, mas este não se apercebe que a velha “lavadeira” do rei, Babbitty, o vê. Ela observa-o a tirar um galho de uma árvore que então apresenta ao rei como sendo uma varinha. Esperto como ele é, o charlatão diz ao Rei que essa varinha não funcionará até que “Sua Majestade a mereça”.

Todos os dias o Rei e o charlatão praticam sua suposta “magia”, mas numa manhã o rei e o charlatão ouvem uma risada, e vêem Babbitty assistindo de dentro da sua casinha, rindo tanto que mal se consegue manter de pé. O humilhado Rei fica furioso e impaciente, ordenando então, que eles dêem uma demonstração real de magia em frente do povo no dia seguinte. O desesperado charlatão diz que é impossível já que ele precisa partir do Reino em uma longa jornada, mas o agora duvidoso Rei ameaça mandar a Brigada atrás dele. Estando furioso, o Rei também ordena que se “alguém rir de mim”, o charlatão será decapitado. Então, nosso tolo e ambicioso Rei sem magia revela-se também ser orgulhoso e piedosamente inseguro – mesmo nesses curtos, simples contos, Rowling é capaz de criar complexos e interessantes personagens.

Tentando “descarregar” a sua frustração e raiva, o esperto charlatão vai direito à casa de Babbitty. Espreitando pela janela, ele vê uma “pequena e velha mulher” sentada numa cadeira, ao pe de uma mesa limpando sua varinha, conforme os lençóis “limpam-se sozinho” num balde. Vendo que ela é uma verdadeira bruxa, e ambos a fonte e a solução para seus problemas, ele pede a Babbitty que o ajude, ou ele a denunciará junto da Brigada. Tranquila com as ordens dele, Babbitty sorri e concorda em fazer “o que seu poder permitir” para. O charlatão diz-lhe para se esconder num arbusto e conjurar todos os feitiços para o Rei. Babbitty concorda, mas questiona o que acontecerá se o Rei tentar fazer um feitiço impossível. O charlatão, sempre convencido de sua esperteza e da burrice dos outros, ri das preocupações dela, afirmando que a magia de Babbitty é certamente mais poderosa do que qualquer coisa que “a imaginação daquele tolo” possa sonhar.

Na manhã seguinte, os membros da corte se reúnem para testemunhar a magia do Rei. Num palco, o Rei e o charlatão realizam seu primeiro acto mágico – fazer o chapéu de uma mulher desaparecer. A multidão está maravilhada e impressionada, nunca adivinhando que é Babbitty, escondida num arbusto, que realiza o feitiço. Para o próximo feito, o Rei aponta seu “galho” para um cavalo, erguendo-o no ar. Procurando ao redor uma ideia ainda melhor para o terceiro feitiço, o Rei é interrompido pelo Capitão da Brigada, que segura o corpo de um dos cães de caça do rei. Ele implora que o Rei traga o cão “de volta à vida”, mas quando o Rei aponta sua varinha ao cão, nada acontece. Babbitty sorri em seu esconderijo, nem mesmo tentando realizar o feitiço, pois ela sabe que “magia não pode ressuscitar os vivos” . A multidão começa a rir, suspeitando que os primeiros dois feitiços tivessem sido apenas truques.

O Rei fica furioso, e quando ele ordena saber por quê o feitiço falhou, o esperto e enganador charlatão aponta para o esconderijo de Babbitty e grita que aquela “bruxa má” está a bloquear os feitiços do rei. Babbitty corre do arbusto, e quando os Caçadores de Bruxas mandam os cães de caça atrás dela, ela desaparece, deixando os cães “a latir e a lutar” na base de uma velha árvore. Desesperado agora, o charlatão grita que a bruxa se transformou em uma “maça ácida” (o que mesmo nesse tenso e dramático ponto gera um riso). Temendo que Babbitty se transformasse de volta em uma mulher e o expusesse, o charlatão ordena que a árvore seja cortada – porque é assim que se “tratam bruxas más”.

A árvore é derrubada, mas conforme a multidão comemora e volta para o palácio, uma “alta gargalhada” é ouvida, desta vez de dentro do tronco. Babbitty, inteligente como é, grita que bruxos e bruxas não podem ser mortos “cortados pela metade”, e para provar isso, ela sugere que cortem o instrutor do rei “em dois”. Nisso, o charlatão implora por piedade e confessa. Ele é arrastado para a masmorra, mas Babbitty não terminou com o tolo do rei. A sua voz, ainda a sair do tronco, proclama que as acções do Rei invocaram uma maldição no reino, e cada vez que ele causar danos a um bruxo ou bruxa ele também sentirá uma dor tão cruel que desejará “morrer por isso”. O Rei, agora desesperado, cai de joelhos e jura proteger todas as bruxas e bruxos de suas terras, permitindo-os fazer magia sem danos.

Feliz, mas não completamente satisfeito, o toco cacareja novamente e ordena que uma estátua de Babbitty seja colocada sob ele para lembrar o rei de sua “própria tolice”. O “envergonhado Rei” promete que um escultor criará uma estátua de ouro, e volta para o palácio com sua corte. No fim, uma “gorda e velha coelha” com uma varinha presa aos dentes sai do buraco abaixo do tronco e deixa o reino. A estátua de ouro permaneceu no toco para sempre, e bruxos e bruxas nunca mais foram caçados no reino novamente.

Amanhã o quinto e último conto, mencionado nos livros e filmes da Saga Harry Potter: O Conto Dos Três Irmãos.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Os Contos de Beedle, O Bardo - Terceiro Conto: "O Coração Peludo do Mago"


Este é o mais terrorífico dos contos. Não há cenas cômicas nem viajens de aventuras, simplesmente as sombras da alma de um mago.

Tudo começa com um jovem mago rico, habilidoso e atractivo, que tem vergonha das tolices dos seus amigos quando se apaixonam. Está tão convencido de que ele não quer cair na mesma loucura que aplica as Artes das Trevas para evitar apaixonar-se algum dia. É um conto que pretende conscientizar as crianças feiticeiras sobre o uso tenebroso da magia. A sua família, que não sabe dos métodos que usou o jovem para se proteger do amor, faz troça dos seus esquivos para não conhecer uma bela jovem.

Ele cresce orgulhoso, convencido da sua inteligência e impressionado do seu poder de ser completamente indiferente aos sentimentos. O tempo passa e o feiticeiro vê os seus amigos casar e formar as suas próprias famílias, mas ainda convence-se mais da sua recusa. Quando os seus pais morrem, não fica triste mas sente-se estranhamente "abençoado" pelas suas mortes.

O jovem muda-se para a casa que herdou e leva o seu "maior tesouro" à masmorra. O mago sente-se enganado ao ouvir uma conversa entre dois criados, um sentindo pena dele e outro a fazer troça de que ainda não tenha esposa. Então decide casar com a mais bela, saudável e talentosa mulher, e transformar-se, assim, na "inveja de todos os outros". Justamente no dia a seguir conhece a bruxa que procura. Considera-a um tesouro e convence-a a acreditar que é um homem mudado. Ela sente-se fascinada e repelida, mas aceita assistir a um banquete no seu castelo. No jantar, ele corteja-a.

Ela responde que apenas gostaria dele se demonstrasse que tem um coração. Então leva-a até à masmorra, onde mostra-lhe um mágico caixão de cristal, onde jaz o seu próprio coração a bater. A bruxa fica horrorizada pela visão do coração, que tornou-se peludo ao sair do corpo e pede ao jovem que o volte a pôr. Sabendo que isso irá convencer a rapariga, o mago abre-se o peito com a varinha e coloca-se o coração. Pensando que ele poderá apaixonar-se agora, ela abraça-o e o horrível coração "perfura-se" pela beleza da sua pele e o cheiro do seu cabelo. O coração ficou estranho aos desligar-se do seu corpo por tanto tempo, e cego e perverso fica salvagem.

Nestes momentos, os convidados do banquete que estão no andar superior perguntam-se que aconteceu com eles. Passadas algumas horas e depois de procurar por todo o castelo, encontram-no na masmorra. No chão descansa a jovem, morta, com o seu peito aberto. Ajoelhado ao seu lado, está o "mago enlouquecido", acariciando e lambendo o seu coração escarlata ainda brilhante e planeando trocá-lo pelo seu.

O seu coração ficou forte e nega-se a abandonar o corpo. O jovem, que jura que nunca será manipulado pelo seu coração, empunha uma daga e corta-o, fazendo-o sentir a vitória por uns momentos com o coração na mão em cada mão antes de cair ao chão e morrer.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Os Contos de Beedle, O Bardo - Segundo Conto: "A Fonte da Sorte"


A Fonte da Sorte, protegida por forte magia, atrai trouxas e bruxos de todo um reino durante o dia mais longo do ano por prometer sorte eterna para todos aqueles que superarem os obstáculos que levam até ela e se banharem em suas águas.
Certa vez, na longa fila de pessoas que almejavam alcançar a fonte, três bruxas conversavam sobre suas desventuras. A primeira delas, Asha, sofria de uma doença que ninguém conseguia curar. A segunda bruxa, Altheda, teve todos os seus bens roubados por um bruxo do mal. A terceira bruxa, chamada Amata, sofria por ter sido abandonada por um homem que amava verdadeiramente. Todas buscavam a solução nas águas da fonte.
Comovidas com as histórias umas das outras, as três combinaram que, se obtivessem sucesso na chegada à fonte, decidiriam, de comum acordo, qual das três estava mais necessitada de sorte, já que apenas uma pessoa poderia tomar banho na fonte.
Ao primeiro raio de sol, uma fresta se abriu no muro que guardava o caminho até a fonte, e plantas rastejantes se enrolaram em Asha. Asha, por sua vez, segurou no pulso de Altheda, que segurou a terceira bruxa, Amata, pelas vestes. O que elas não esperavam é que Amata havia se enroscado na armadura de um pobre cavaleiro que estava montado em seu cavalo, arrastando-o para o jardim que ficava atrás do muro.
As duas primeiras bruxas ficaram frustradas com isso, porque mais uma pessoa estava agora na disputa pelo banho na fonte da sorte.
O Cavaleiro Azarado, como era conhecido pelo reino, não era dotado de magia, e quis partir porque pensava que não teria nenhuma chance contra as três bruxas. Logo, ele desistiu de sair do jardim frente a um desfio de Amata, e, assim, acompanhou as bruxas pelo jardim encantado.
Ao chegarem ao pé de um morro, os quatro encontraram o primeiro obstáculo, uma espécie de monstro verminoso inchado e cego.
O verme fedorento e feio pediu que eles dessem uma prova de que sofriam. Os quatro tentaram derrotar o monstro de várias formas, porém, todos os esforços foram em vão, e o verme se manteve impassível. Com isso, Asha pôs-se a chorar. O verme bebeu suas lágrimas, e desapareceu através de um buraco no chão, liberando a passagem.
Prontamente, os quatro puseram-se a subir o morro e encontraram o segundo obstáculo gravado no chão. Dessa vez, o obstáculo pedia que eles ofertassem frutos de árduo trabalho. O Cavaleiro ofereceu uma moeda, que desapareceu na mata. Eles voltaram a subir, andaram por horas, e parecia que eles não haviam se movido. Todos se desanimaram, exceto Altheda, que caminhava rapidamente, mesmo não saindo do lugar. Ela começou a enxugar com as mãos o suor de sua testa, ao ponto que a frase que estava gravada no chão desapareceu, e eles puderam seguir o caminho.
Caminharam por entre árvores, e finalmente avistaram a fonte. Porém, antes de avançarem, perceberam que havia um terceiro obstáculo, uma pedra submersa em um riacho. A pedra agora pedia um tesouro do passado de cada um deles como pedágio. O Cavaleiro tentou atravessar por cima de seu escudo, mais não foi bem sucedido. Os quatro começaram então a pensar sobre quais possíveis tesouros do passado eles possuíam, e Amata foi a que primeiro decifrou o que a pedra queria de fato. Ela apagou as boas lembranças que remetiam ao seu amado, e deixou que a correnteza as levasse. Feito isso, conseguiram enfim seguir até o topo do morro.
Chegara a hora de escolher quem iria tomar o banho da sorte, mas antes de qualquer decisão, Asha caiu, fraca e à beira da morte por conta da grande escalada. Os outros três resolveram que ela deveria tomar o banho, mais a própria Asha pediu que eles não o fizessem.
Altheda colheu ervas e misturou-as com água, fazendo uma poção que pudesse curar Asha. Na mesma hora, a bruxa levantou-se e afirmou que todos os seus sintomas haviam desaparecido, e que ela estava novamente muito bem de saúde. Sugeriu que Altheda tomasse o banho, como agradecimento por tê-la tirado o sofrimento da doença.
Altheda, por sua vez, disse que se conseguira curar uma doença tão complicada, poderia conseguir de volta todo o ouro que havia perdido, e concedeu o banho para Amata. Esta não aceitou, e disse que o riacho havia levado todas as suas decepções de amor, e isso fizera com que ela percebesse que o ex-amado havia sido insensível quando a largou, e sugeriu que o cavaleiro se banhasse na fonte.
O Cavaleiro tomou banho na Fonte da Sorte, saindo de lá triunfante, e pedindo a mão e o coração de Amata, a mais bela e boa pessoa que ele já conhecera. A bruxa achou sensato entregá-los ao cavaleiro, já que ele mostrara que era merecedor.
Os quatro desceram o morro juntos, e tiveram vidas longas e prósperas, nunca descobrindo que a fonte não possuía nenhum encanto, e que suas águas não proporcionavam a sorte que eles imaginavam possuir.


Amanhã o terceiro conto: O Coração Peludo do Mago

terça-feira, 23 de julho de 2013

Os Contos de Beedle, o Bardo - Primeiro Conto: "O Feiticeiro e o Caldeirão Saltitante"


Esta história começa suficientemente alegre, com um antigo assistente muito gentil, que lembra muito ao Dumbledore.
Este 'bem-amado' homem usava a sua magia principalmente para o benefício dos seus vizinhos muggles, criando poções e antídotos para eles. Chamava a isso "culinária de sorte". Certo dia, ele morre (após um longo tempo de vida) e deixa tudo para o seu único filho. Infelizmente, o filho é bem diferente do pai, egoísta.

Após a morte do pai, ele descobre o caldeirão, e nele (muito misteriosamente) há um único sapato e uma nota do seu pai: 'Tenho esperança, meu filho, de que nunca precises disto." Depois, as coisas começam a correr mal...Com raiva por não ter nada, apenas um caldeirão e completamente desinteressado com aqueles que não podem fazer magia, ele vira as costas para a cidade, e fecha as portas aos seus vizinhos.

Primeiro, chega uma anciã cuja neta está infestada de verrugas. Quando bate com a porta na sua cara, ele ouve um estrondo alto na cozinha. O caldeirão de seu pai criou um pé e ficou cheio de verrugas. Depois disso, o mago não podia aplicar nenhum feitiço nele e o caldeirão saltitante persegue-o por todos os lugares. No dia seguinte, o filho abre as portas a um velho homem que perdeu o seu burro. Sem a sua ajuda para transportar produtos à cidade, a sua família vai passar fome. O filho bate novamente com a porta na cara do velho. E então, o caldeirão recebe outra modificação: agora relincha de fome como um verdadeiro jumento. Como num verdadeiro conto de fada, o filho recebe cada vez mais visitantes, o que o leva a ver lágrimas, vómitos, até que decide dar continuidade ao seu legado. Renunciando aos modos egoístas, ele pede que todos os da cidade cheguem até ele para os ajudar.
Um a um, ele cura-lhe os seus males e ao fazê-lo, o caldeirão esvazia-se. Então, no final aparece o misterioso sapato que se encaixa perfeitamente no seu pé. Assim que o mago o põe, os dois caminham (e pulam) até um novo amanhecer.


Amanhã o Segundo Conto: A Fonte da Sorte.
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